quinta-feira, 30 de março de 2017

Bora Ouvir o Carnaval 2017 de Várzea Alegre?







É a hashtag #inusitado voltando agora em parceria com a hashtag #retrospectiva quando narraremos um pouco do Carnaval 2017 de Várzea Alegre (CE).


Depois de um ano muito negativo em 2016, eu estou tentando viver com mais leveza. Eu estava muito a fim de curtir muito um bom Carnaval, como nos velhos tempos!






Esse post é uma evolução/continuação do post anterior:




O post de 2016 registrou 100 acessos em 1 ano. De repente, na sexta-feira do Carnaval de 2017, o post teve 1000 acessos! :P É como se 2% da população de Várzea Alegre tivesse lido o post em um só dia. E essa é a doideira dos blogs…


Daí eu percebi que a galera também estava muito a fim!


Eu estou bem viciado em gravar vídeos. Alguns amigos ficam contrariados, insinuando que eu vivo com um celular na mão. Ao mesmo tempo, várias pessoas assistem e curtem os vídeos e o meu canal no Youtube:




Ocorre que eu não fico 24 horas gravando a minha vida. Eu simplesmente estou exercitando o meu feeling de puxar o celular do bolso na hora certa: a hora em que a festa vai explodir e/ou o vídeo vai ficar bom. Pode perceber que normalmente eu “perco” o início das músicas.


Nessa brincadeira, eu entrei pela primeira vez realmente ao vivo no Facebook. O vídeo ficou devendo muito em qualidade gráfica, mas valeu pela animação e pelo oportunismo.


E assim eu segui gravando alguns momentos do Carnaval e postando nas redes sociais. Acabei fazendo uma espécie de “transmissão ao vivo” do Carnaval de Várzea Alegre. Agitamos bastante nas redes sociais e no blog com a hashtag #BoraOuvirUmaNoCarnaval.


E foram esses vídeos que eu reuni mais abaixo para fazer esse post.


Então, mais do que nunca, esse é um post do siga o som:








Foi um carnaval bastante seguro e tranquilo. E, principalmente, muito divertido. Como nos velhos tempos!


Compartilhe o blog. Compartilhe músicas boas com a gente.


Sobe o SOM!


[SÁBADO] Bloco Os Bonitinhos 2017 As Águas Vão Rolar


Começamos botando o bloco de frevo na rua:







[SÁBADO] Bloco Os Bonitinhos 2017 Aquarela do Brasil


O bloco foi até o Guga's Bar e aí aconteceu um momento inacreditável!


Sabe aquela hora em que os músicos se fecham e dizem: “chega! Agora vamos tocar pra nós mesmos. Agora, vamos tocar o que gostamos.” Lembra dos músicos tocando no naufrágio do Titanic?


Em pleno Carnaval do safadão, dos paredões, da pornografia, do funk, do forró e da música ruim, eu pude registrar isso aqui:





E como é que não puxava o celular do bolso numa hora dessas, meu chapa? :P




[DOMINGO] ESURD 54 anos (bateria)


ESURD – Escola de Samba Unidos do Roçado de Dentro
54 anos: Façam suas apostas – a sorte está lançada.


Você conhece a bateria Moura? Pois aqui é a bateria da ESURD!


Tédio? Tristeza? Depressão? Preguiça? É só dar o play.







[DOMINGO] Banda Magníficos - Carta Branca (Elétrico)


Felizmente, eu vivi tempo suficiente para ver a Banda Magníficos tocando na minha cidade.


Que som. Que banda. Que música!


E aqui umas linhas sobre o vídeo. Por que fazer um vídeo em movimento? Não foi nada genial ou premeditado. Na verdade, quando eu cheguei na praça e eles sapecaram essa música e eu vi que valeria o vídeo. Comecei a gravar e saí na direção do palco até onde o zoom conseguisse pegar a banda. Parei próximo à torre de som para garantir também um bom áudio.


Somente no outro dia, assistindo no computador, eu pude perceber como o vídeo ficou incrível. Várias pessoas participaram do vídeo dançando, sorrindo, fastando… Enfim, gostei muito do resultado.







[SEGUNDA] Bateria da MIS (Mocidade Independente do Sanharol)


Fiquei devendo em 2016, mas agora a dívida está paga.


Segue um registro da bateria superorganizada e poderosa da Mocidade Independente do Sanharol (MIS).


É música para ouvir com a pele!







[SEGUNDA] Zabumbando puxando o trio elétrico


Aí eu vou descendo a CE-060, a estrada que liga Várzea Alegre a Fortaleza, com um celular carregado no bolso e deparo com isso. Como não registrar?


Bora Ouvir Uma desce rasgando o bloco pra ir buscar o trio elétrico. É demais!


Zabumbando elétrico puxando a massa ao som de “We are Carnaval”.


Carnavalzão de Várzea Alegre como nos velhos tempos, com Axé Music e Trio Elétrico.


Pena que eles precisavam tocar um funk ou forró de vez em quando e que a galera mais nova não conhecia algumas músicas.


Bora Ouvir Uma pediu Netinho no dia anterior. Não deu tempo, mas Zabumbando respondeu no dia seguinte em cima do trio. Valeu demais!


Ah, que bom você chegou
Bem-vindo a Várzea Alegre”


#BoraOuvirUmaNoCarnaval







POST SCRIPTUM

Tá uma febre de vídeo de nudes em Várzea Alegre, mas esses não cabem no blog, né? :P


Até o próximo post!
E que venha o post do Carnaval 2018!


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quinta-feira, 23 de março de 2017

Bora Ouvir Baião de Dois?






E o blog vai misturar os sentidos de novo, hein? Bora ouvir uma comida? :P


E esse negócio de sinestesia alucinada é o tema de uma das nossas melhores poesias, diretamente do livro Miragens:




Nas minhas primeiras idas ao Rio de Janeiro a trabalho, os colegas nativos pediram uma picanha assada pro almoço. Quando me pediram para escolher o acompanhamento, eu não tive dúvidas: rapaz, carne assada é bom com baião de dois!


Todo mundo que estava no restaurante riu de mim. E o garçom, em tom de deboche, me explicou que baião de dois, no Rio de Janeiro, só no Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas, também conhecido como Feira de São Cristóvão.


Eu fiquei tão decepcionado com a descoberta que nem tive tempo de ficar chateado com o bullying.







O baião de dois é basicamente cozinhar o arroz junto com o feijão. A receita raiz leva arroz, feijão, água e sal. Agora tem milhares de variantes Nutella com: cheiro verde, pimenta de cheiro, cebola, tomate, queijo, nata, manteiga, leite, charque, calabresa, e, se brincar, até com Nutella tem.


Na Paraíba, ele é mais conhecido como Rubacão.








Em 2004, eu cheguei em Várzea Alegre e falei para a Alânia Tavares: “A gente bem que podia se juntar de vez”. Ela disse sim e nós fomos compartilhar a quinta maior cidade do Brasil. Somente 3 anos depois a gente teve condições para oficializar um matrimônio. E estamos comendo baião de dois juntos até hoje.








Acho que o safadão nunca vai conseguir fazer uma música dessas. Mesmo com todo o apoio da mídia e da massa, ele não deixará um legado para as futuras gerações, como essa canção que já ouvimos há duas décadas.


É praticamente um hino que retrata os costumes sertanejos. E é mais uma de Luiz Fidélis, que já foi devidamente reverenciado aqui no blog:




Que poesia! Que música! Como esse cara fez isso?


E olha a palavrinha da moda "compartilhar" que o cara já compartilhava há 20 anos...


A gente bem que podia
Se juntar de vez
Compartilhar de novo
O nosso sertão.

Acordar ouvindo
O chocalho da rês
A gente bem que podia
Se juntar de vez.

Tá de manhã no curral
Tomar um leite mais puro
Cantar varrendo o muro
Do nosso quintal.

Colher tomate, cebola
Banho de açude, almoçar
De noite um bom baião de dois
Pra que deixar pra depois
Se a gente pode se amar.



Compartilhe o blog. Compartilhe músicas boas com a gente.


Sobe o SOM!


\o/ Com Luiz Fidélis

Olha o cara aí, gente!

Em um documentário riquíssimo produzido pela Somzoom, ele fala sobre composição, inspiração, música e forró. E, claro, manda ver no violão mais de uma dezena de clássicos do cancioneiro popular que ele nos deu.

A música do post já é a primeira e começa por volta de 1 minuto e 30 segundos.

E eu nunca me canso de agradecer pelo Youtube: a maravilha tecnológica que nos possibilita termos acesso a uma riqueza cultural tão grande.

Não é possível que esse vídeo só tenha 20 mil visualizações. Assistam, por favor. Um artista desse nível e com todo esse legado precisa ser muito reverenciado em vida:







\o/ Com Mastruz com Leite

Aqui em uma versão acelerada de forrozão! Talvez, a versão que está mais marcada no inconsciente popular porque esse disco tocou demais Nordeste afora, conforme relatamos em um post próprio:




Essa versão saiu em um pot-pourri junto com a música Cavalo Lampião que vem na mesma pegada:







\o/ Com Mel com Terra

Aqui com a “dona” da música, Mel com Terra, quem primeiro gravou esse clássico. Parecia impossível, mas eles conseguiram acelerar ainda mais a versão do Mastruz com Leite. Essa é a minha versão favorita e vem novamente em um pot-pourri junto com a música Cavalo Lampião.







POST SCRIPTUM


\o/ Com o Professor Cláudio Nóbrega

Aqui com o Professor Cláudio Nóbrega que vem nos ensinar a tocar esse clássico na sanfona. É demais ver o balançado da sanfona:






É muita onda né, não? Um cabra que não sabe tocar nem triângulo querendo aprender a tocar sanfona?



POST SCRIPTUM 2


Já falei que às vezes tenho a sensação de que não sou eu quem está escrevendo. Eu escrevi esse post há duas semanas, bem antes de estourar a história das carnes estragadas. E o post se tornou ainda mais pertinente, com muita gente tendo vontade de levar uma vida mais simples e ter o seu próprio sítio para criar suas plantas e bichos, em busca de mais segurança alimentar e qualidade de vida. Não é não?





Um abração de baião de dois.


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segunda-feira, 13 de março de 2017

Bora Ouvir Engenheiros do Hawaii – No Meio de Tudo, Você?






Eu tenho colegas do Rio de Janeiro que gastam 3 horas no trânsito para ir trabalhar. TODOS OS DIAS! Vão de carro ou barco + metrô + ônibus.


Eu mesmo, aqui em Fortaleza, estou gastando 1 hora no trânsito para ir trabalhar. TODOS OS DIAS! São 20 horas por mês. É como se todos os meses eu perdesse 1 dia inteiro da minha vida no trânsito somente para ir ao trabalho. Em um ano, eu vou perder uns 10 dias só dirigindo para ir trabalhar.






No Brasil, aproximadamente 40 mil pessoas morrem todos os anos no trânsito. É uma das maiores mortandades do mundo. Equivale a toda a população da cidade onde eu nasci. Até arrisco que qualquer brasileiro que esteja lendo esse post agora, já perdeu um conhecido no trânsito. É ou não é uma…


Selva
A gente se acostuma a muito pouco
A gente fica achando que é demais
Quando chega em casa do trabalho quase vivo


Selva
A gente se acostuma a muito pouco
A gente fica achando que é o máximo
Liberdade pra escolher a cor da embalagem


O nosso futebol do 7 a 1 não consegue mais promover jogos com DOIS times e DUAS torcidas. A “solução” da torcida única já é realidade em quase todo o Brasil. E mesmo assim, torcedores continuam morrendo em todos os jogos. Eu falei morrendo.


Em 2016, em um dia de jogo de Corinthians e Palmeiras, um senhor sexagenário que não torcia para time algum morreu há 36 quilômetros do estádio, 6 horas antes do jogo começar. Vítima de uma “briga” entre “torcedores”.


Nessa selva
A gente se acostuma a muito pouco
A gente fica achando que é normal
Entrar na fila comprar ingresso pra levar porrada


No meio de tudo, você!
Me salva da selva me salva da selva! (refrão: 2x)


Tentando virar youtuber (hehe), eu tentei gravar um vídeo de 30 segundos na varanda do meu apartamento. Era domingo à tarde. Eu não consegui. Nós percebemos que não temos nem 10 segundos de silêncio.


Selva a gente se acostuma a muito pouco
A gente fica achando que é demais
Um pouco de silêncio e um copo de água pura


Diante dos fatos que nós presenciamos nos últimos anos, as nossas instituições e a nossa democracia fake estão bastante desacreditadas.


O executivo não consegue governar desde a última eleição em outubro de 2014. Antes, estava sendo fritado e depois não teve legitimidade por surgir de um impeachment totalmente questionável. Eles estão mais preocupados em escapar da cadeia do que em tirar o Brasil do buraco.


O nosso legislativo só está preocupado em retribuir os favores devidos às empresas corruptoras que os elegem; em enriquecer cada vez mais e mais e mais e mais e muito mais e, não menos importante, em não ir pra cadeia por conta disso.


A nossa justiça é seletiva e parcial. Dependendo de quem é o acusado, o processo pode ser expresso ou demorar o tempo suficiente para o crime prescrever. Para os inimigos, a força máxima da espada da lei. Para os amigos, a venda da justiça que nada vê. A lei é torcida, distorcida e retorcida ao gosto do freguês. Para uma mesma lei, duas interpretações totalmente opostas são válidas. Só depende de que lado você está.


Somos muitos os brasileiros que não acreditamos mais no país.


Nessa selva
A gente se acostuma a muito pouco
A gente fica achando que é o máximo
Se o cara mente mas tem cara de honesto


Recentemente, um senhor de 60 anos que corria cedinho na Beira-Mar de Fortaleza foi covardemente agredido por três ladrões que tomaram-lhe o relógio. E foi lá também que um homem tentou praticar assaltos com um facão e adentrou no mar para fugir da polícia. Ao mesmo tempo em que 5 moleques espancavam um transexual até a morte. E lá em São Paulo, recentemente, um ambulante foi morto dentro do metrô ao tentar defender um transexual.


No bairro de Messejana, os bandidos estão assaltando as pessoas dentro das suas próprias casas. Aí, meu amigo, você não tem mais escapatória nem dentro de casa. E agora, José?


É o mesmo bairro onde policiais fizeram uma chacina em 2015, matando 11 pessoas que encontraram pela frente, em represália à morte de um policial.


Nos “presídios” brasileiros, centenas de presos se matam uns aos outros, sob a impotência/incompetência do Estado. Cabeças são reboladas (jogadas) para fora do presídio por cima dos seus muros. O Brasil já tem 600 mil presos.


Bandidos (ou monstros) não hesitam em trafegar por quilômetros arrastando uma criança pendurada no carro. Bandidos atiram e matam por qualquer motivo ou até mesmo sem motivo. Toda semana, policiais são mortos por bandidos nas principais cidades do Brasil.


Toda semana, pelo menos um banco é explodido no interior do Ceará. Às vezes, a galera que não saca muito de Física, até explode mais do que o necessário.







É raro você encontrar um fortalezense que nunca tenha sido assaltado ou presenciado um assalto. Em Várzea Alegre, interior do Ceará, a “moda” já chegou também.







Eu não sei em qual cidade você está lendo esse post, mas receio que a sua realidade seja parecida com a minha.


Quando o pessoal lá de Brasília fica batendo cabeça e para de manter as aparências e o fingimento de que as instituições estão funcionando, é a senha para os bandidos de todos os níveis: sinal verde para avançar na barbárie!


Eu mesmo já cancelei vários programas por conta do trânsito e da violência da selva fortalezense. Mandam-nos ocupar essa selva, mas quem vai ser o primeiro?







Não é raro você ouvir alguém dizendo que “os bandidos estão soltos e os cidadãos estão presos”.


Tenho ouvido muitos relatos de conhecidos com a sua percepção de como o mundo está piorando, de como a sociedade está doente e do temor pelos caminhos que estamos seguindo.


Nessa selva
A gente se acostuma a muito pouco
A gente fica achando que é o normal
Finge que não vê, diz que não foi nada e leva mais porrada


Eu não gosto de acústicos, mas o Humberto Gessinger consegue fazer até mesmo um acústico ficar bom. Ele incluiu músicas inéditas e exclusivas aos discos acústicos. Que gênio!








Nesse dia ele estava realmente muito iluminado e conseguiu juntar em uma só música protesto, filosofia e romantismo. É espetacular e inacreditável!


No meio de tudo, você!
Me salva da selva me salva da selva! (refrão: 4x)


No meio de tudo, você!
Acima de tudo, no meio de tudo… você!


Se é um blog de música falando sobre selva, eu também posso mencionar Welcome to the Jungle dos Guns N' Roses. Bem-vindo à selva! Traz a mesma temática desse post.


E ainda falando sobre música, cidade violenta, selva e romantismo, talvez a mais clássica no inconsciente popular seja Esta Cidade É Uma Selva Sem Você, do Bartô Galeno.


Compartilhe o blog. Compartilhe músicas boas com a gente.


Sobe o SOM!







Tenha muito cuidado nessa selva.
Boa sorte e um abraço.


Se quiser continuar com os Engenheiros e com o Bora Ouvir Uma:



POST SCRIPTUM

O blog acaba de ultrapassar a marca de 30 mil visitantes. Valeu, galera, vocês são demais!
Obrigado é a palavra que melhor define o que eu estou tentando dizer.







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