E
o blog vai misturar os sentidos de novo, hein? Bora ouvir uma comida?
:P
E
esse
negócio de sinestesia
alucinada é o tema de uma das nossas melhores poesias, diretamente
do livro Miragens:
Nas
minhas primeiras idas ao Rio de Janeiro a trabalho, os colegas
nativos
pediram
uma picanha assada pro almoço. Quando me pediram para escolher o
acompanhamento, eu não tive dúvidas: rapaz, carne
assada é bom com baião de dois!
Todo
mundo que estava no restaurante riu de mim. E
o garçom, em
tom de deboche, me explicou que baião de dois, no Rio de Janeiro, só
no Centro
Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas, também conhecido como Feira
de São Cristóvão.
O
baião de dois é basicamente cozinhar o arroz junto com o feijão.
A
receita raiz leva arroz, feijão, água e sal. Agora
tem milhares de variantes Nutella com: cheiro verde, pimenta de
cheiro, cebola, tomate, queijo, nata, manteiga, leite, charque,
calabresa, e,
se brincar, até com Nutella tem.
Na
Paraíba, ele
é
mais conhecido como Rubacão.
Em
2004, eu cheguei em Várzea Alegre e falei para a Alânia Tavares: “A
gente bem que podia se juntar de vez”.
Ela
disse sim e nós fomos compartilhar a quinta maior cidade do Brasil.
Somente
3 anos depois a gente teve condições para oficializar um
matrimônio. E estamos comendo baião de dois juntos
até
hoje.
Acho
que o safadão nunca vai conseguir fazer uma música dessas. Mesmo
com todo o apoio da mídia e da massa, ele não deixará um legado
para as futuras gerações, como essa canção que já ouvimos há
duas décadas.
É
praticamente
um hino
que retrata os costumes sertanejos.
E
é mais uma de Luiz Fidélis, que já foi devidamente reverenciado
aqui no blog:
Que
poesia! Que música! Como esse cara fez isso?
E olha a palavrinha da moda "compartilhar" que o cara já compartilhava há 20 anos...
E olha a palavrinha da moda "compartilhar" que o cara já compartilhava há 20 anos...
A
gente bem que podia
Se
juntar de vez
Compartilhar
de novo
O
nosso sertão.
Acordar ouvindo
O
chocalho da rês
A
gente bem que podia
Se
juntar de vez.
Tá de manhã no curral
Tomar
um leite mais puro
Cantar
varrendo o muro
Do
nosso quintal.
Colher tomate, cebola
Banho
de açude, almoçar
De
noite um bom baião de dois
Pra
que deixar pra depois
Se
a gente pode se amar.
Compartilhe o blog. Compartilhe músicas boas com a gente.
Sobe
o SOM!
\o/
Com
Luiz Fidélis
Olha o cara aí, gente!
Em um documentário riquíssimo produzido pela Somzoom, ele fala sobre composição, inspiração, música e forró. E, claro, manda ver no violão mais de uma dezena de clássicos do cancioneiro popular que ele nos deu.
A música do post já é a primeira e começa por volta de 1 minuto e 30 segundos.
E eu nunca me canso de agradecer pelo Youtube: a maravilha tecnológica que nos possibilita termos acesso a uma riqueza cultural tão grande.
Não é possível que esse vídeo só tenha 20 mil visualizações. Assistam, por favor. Um artista desse nível e com todo esse legado precisa ser muito reverenciado em vida:
\o/
Com
Mastruz
com Leite
Aqui em uma versão acelerada de forrozão! Talvez, a versão que está mais marcada no inconsciente popular porque esse disco tocou demais Nordeste afora, conforme relatamos em um post próprio:
Essa
versão saiu em um pot-pourri junto com a música Cavalo Lampião que
vem na mesma pegada:
\o/
Com
Mel
com Terra
Aqui com a “dona” da música, Mel com Terra, quem primeiro gravou esse clássico. Parecia impossível, mas eles conseguiram acelerar ainda mais a versão do Mastruz com Leite. Essa é a minha versão favorita e vem novamente em um pot-pourri junto com a música Cavalo Lampião.
POST
SCRIPTUM
\o/
Com
o
Professor Cláudio Nóbrega
Aqui com o Professor Cláudio Nóbrega que vem nos ensinar a tocar esse clássico na sanfona. É demais ver o balançado da sanfona:
É
muita onda né, não? Um cabra que não sabe tocar nem triângulo
querendo aprender a tocar sanfona?
POST
SCRIPTUM 2
Já
falei que às vezes tenho a sensação de que não sou eu quem está
escrevendo. Eu escrevi esse post há duas semanas, bem antes de
estourar a história das carnes estragadas. E o post se tornou ainda
mais pertinente, com muita gente tendo vontade de levar uma vida mais
simples e ter o seu próprio sítio para criar suas plantas e bichos,
em busca de mais segurança alimentar e qualidade de vida. Não é
não?
Um abração de baião de dois.
Ei, psiu, se liga…
Dá para ficar sabendo das novidades do blog pelas redes sociais. Sigam-me os bons!
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