quinta-feira, 31 de março de 2016

Bora Ouvir Top Surprise?










Chegando dance music no blog...


Alan talvez tenha sido o meu primeiro amigo na definição completa da palavra. Construímos juntos uma coleção de carteiras de cigarro com mais de dois mil exemplares. Era uma grande caixa de papelão cheia. Hoje isso soa totalmente absurdo, mas há 20 anos era bem comum entre as crianças. E foi uma chuva quem destruiu a nossa coleção em minutos.


Pois Alan foi passar uma temporada em Brasília e voltou para Várzea Alegre com uma ótima novidade: a fitinha que ilustrou o início do post. Eu tinha 9 anos e, a partir dali, nunca mais deixaria de gostar de música. Tudo graças a essa fita Top Surprise!


Eu fiquei louco para comprar a tal fita, mas a minha mãe não deixava. Não demorou muito até que o Alan me emprestasse a fita dele. Eu fazia a festa em casa detonando as batidas. Até que um belo dia, o nosso maldito 3 em 1 engoliu a fita. Fiquei desesperado quando vi a fita toda destruída. Perda total. Como eu ia dizer pra minha mãe que tinha pegado a fita emprestada? Como eu ia dizer pro Alan que a fita já era?


A minha mãe me deu uma das maiores lições da minha vida: nunca peça nada emprestado a ninguém! Se puder, compre e use. Se não, esqueça! E lá ia eu com dois reais no bolso, comprar duas fitas: uma pro Alan e outra pra mim.


Já nos anos 2000, eu passei mais de dez anos procurando essa coletânea e nada. Um belo dia, encontrei o CD no espólio de um amigo do meu tio. Hoje é uma molezinha encontrar qualquer música e viva o Youtube!


Embora crescido no sertão do Ceará, eu sempre gostei de dance music. Mas não dessas músicas de rave (tucs-tucs) e sim dessas músicas cantadas. Gosto muito da eurodance dos anos 90 e também das antigas coletâneas de 7 melhores da Jovem Pan.


Top Surprise foi um projeto empreendido pela Som Livre. Ao todo foram, lançados 3 discos. De longe, esse primeiro foi o melhor dos três.


O setlist é campeão. Realmente, foi uma seleção musical muito feliz. Vou falar primeiro de uma música alienígena na seleção: So much in love é uma baladinha puxada só pelo coral. A música é excelente, mas destoa em um disco de dance. Não à toa, era a última música do lado A.


O disco também tem bastante hip hop: Woopy there it easy; Who Am I (What's my name) e Shoop. Foi com uma dessas que eu abri o último churrasco e os meus colegas sertanejos quase me matavam.


Pra acabar a conversa, vai o top 8 das melhores músicas de dance music em Top Surprise:
  • Automatic lover (call for love)
  • I got to give it up
  • The colour of my dreams
  • The sign
  • Look who's talking
  • Lovesick
  • Hey everybody
  • Think about the way


Praticamente, eu gosto do disco inteiro. E abri o post com The Sign que é uma das músicas que eu mais gosto. É impossível não balançar com essa batida.


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Sobe o SOM!






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quarta-feira, 23 de março de 2016

Bora Ouvir Midnight Oil – Beds Are Burning?






Nós cearenses estamos proibidos de cantar a música O Segundo Sol, de Nando Reis. Não é nada pessoal contra o Nando Reis nem contra a Cássia Eller. É censura, mesmo! Proibição! Se com um único sol a coisa já está insuportável, imagina se esse tal de segundo sol aparece?


É um único sol que bate impiedosamente na nossa cuca. Estamos às vésperas de um equinócio e o danado está batendo forte na região do Ceará. Quando os meteorologistas lembram que o período mais quente é de agosto a novembro, eu fico muito preocupado.


De 2010 para cá, a brincadeira ficou muito mais quente. A cada ano, batemos o novo recorde de ano mais quente da história! Novos recordes de calor e mormaço.


Às vezes o número registrado no termômetro é enganoso. Pior mesmo é a insolação tostando a sua pele e a tal da sensação térmica – parece que o seu corpo está literalmente cozinhando.


Na capital, estamos no litoral e geralmente há bons ventos. Eles ajudam a aliviar um pouco a sensação de desespero. Embora ultimamente alguém esteja brincando de desligar o nosso megaventilador natural. No sertão, nem vento tem. É de rachar o coco! Tem afetado até a vida social das pessoas, que estão evitando certos compromissos em certos horários.







Mais calor também tem resultado em menos chuva. Que, por sua vez, implica em menos água acumulada e armazenada nos reservatórios. Para piorar, com mais calor, precisamos consumir mais água e energia elétrica. E foi-se o tempo que um banho resolvia. Agora, você já sai do banheiro suado. Pode isso, Arnaldo? Praticar esportes também está bem difícil.


Esses dias eu decidi comprar um ventilador novo e precisei andar bastante. Isso porque o ventilador da marca líder de mercado está em falta no mercado fortalezense – estoques em baixa.


Contrariando o meu grande professor de geografia Sharles Weima, o sertão não esfria mais à noite. É difícil até dormir, pois temos a sensação que a cama está queimando.







E daí, eu me lembrei desta música do Midnight Oil:


Como conseguimos dormir
quando nossa cama está queimando?


Midnight Oil é uma extinta banda australiana de rock, com forte temática política e ecológica.


Eu conheci o som desses caras no rádio, com a música Blue Sky Mine (a minha favorita). Mas foi só questão de tempo até chegar em Beds are Burning (talvez a mais famosa deles).


A batida seca da bateria não deixa dúvidas: é o velho e bom rock and roll!


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Sobe o SOM!





Post Scriptum
A minha cama não pegou fogo, mas, em uma coincidência incrível, precisei comprar um colchão novo essa semana.



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