quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Bora Ouvir Zé Ramalho no João Rock?





Eu me atrevo a dizer que não existe nenhum brasileiro que não conheça o paraibano Zé Ramalho ou que pelo menos já tenha ouvido alguma vez em algum lugar alguma(s) da(s) sua(s) principal(is) música(s).


Então, eu vou me poupar do vexame de tentar apresentá-lo.


Eu me aproximei do som do Zé Ramalho há uns 20 anos, quando o meu pai comprou o CD do Grande Encontro. Mas isso é tema para outro post…


Hoje é João Rock. Um festival de rock (?) que ocorre desde 2002 no município de Ribeirão Preto, no interior do estado de São Paulo.


O Zé no João encaixou o show naquele horário inglês maravilhoso do fim de tarde, no ocaso… Mais precisamente, no dia 31 de maio de 2014.


Como era um show encaixado na grade do festival, ele só teve direito a subir o som por 1 hora e certamente isso expulsou muita gente boa do setlist. E é sobre esse setlist que eu vou palpitar logo mais abaixo, depois do vídeo…


São músicas lindas que todos conhecemos desde as novelas e outras audições. Entretanto, a grande maioria de nós deve desconhecer os nomes dessas canções. Alguns são bem exóticos. Parece até um fetiche do Zé. :P Sem contar as letras extremamente complexas.


E quando eu apresentei o Arleno Farias aqui, muita gente falou que ele tinha a voz parecida com a do Zé Ramalho:




Ah!, sim, e antes que eu me esqueça: a grande motivação desse post estar subindo essa semana é que me contaram que o Zé Ramalho vem subir o som em Fortaleza, no próximo dia 25/11/17, em um ambiente igualmente mágico: o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura.


E se der tudo certo com o Zé e comigo, já sabe onde você poderá me encontrar, né?


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Sobe o SOM!






(Os números indicam o tempo do início de cada música no vídeo…)


00:00 Pra Não Dizer Que Não Falei das Flores (Geraldo Vandré)
Como eu não posso fazer nenhum post sem cornetar nenhuma vez, não entendi o que essa música veio fazer aqui. Mas era a primeira, “passagem de som”, boa noite, sei lá…


05:35 Batendo na Porta do Céu (Bob Dylan)
Aí meu amigo, entra o Bob, o Guns ‘N Roses e o bate, bate, bate na porta do céu. Agora, sim, começou… Uma moça solta até um “ai” na transmissão quando ela “mata” qual é a música. E com quantas notas foi, Maestro Zezinho?


09:30 Beira Mar
13:52 Táxi Lunar
17:35 A Terceira Lâmina
21:30 Banquete dos Signos
Aí, meus amigos, o destemido Zé leva a zabumba pro palco e sapeca 15 minutos seguidos de forrozão em pleno João Rock. Demais!


24:17 Eternas Ondas
E uma das muitas parcerias com o Fagner. Que dupla! Que simbiose!


28:22 Avôhai
Zé foi criado pelo avô e registrou nessa homenagem. Talvez a sua música mais conhecida. E tome forró no João Rock!


34:16 Vila do Sossego
Que musicão da porra, cara! Como é que eu vivi 32 anos sem ter essa música no meu pen drive. :P


38:10 Chão de Giz
43:00 Admirável Gado Novo
Seguindo com dois superclássicos também registrados no CD do Grande Encontro que eu mencionei anteriormente.


48:20 Gita (Raul Seixas)
53:22 Medo da Chuva (Raul Seixas)
Daí ele chamou o Raul, o seu “colega de profecias”.


56:30 Frevo Mulher
E pra terminar… não podia ser diferente, né? Adivinha como foi? E toooooooome forró com frevo no João Rock!


Um abraço e até algum outro post por aí.


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terça-feira, 17 de outubro de 2017

Bora Ouvir o Jauperi?






Depois de desembarcar mais uma vez na Bahia…




...resolvi prolongar a minha estada para fazer valer os custos das passagens e do despacho das malas. :P


E voltarei à Bahia raiz hehe




...terra da axé music!


É que o Youtube chamou a minha atenção sugerindo um vídeo “Jau as melhores” com um logo bem chamativo e eu paguei pra ver.


#PQP Foi amor à primeira vista! Ou à primeira audição sei lá…


Rapidamente eu me conectei ao som. E com muita força. Simplesmente, a melhor percussão que eu já ouvi.


E longe de mim querer emitir uma opinião técnica. Estou me referindo ao meu gosto pessoal mesmo.


Além dessa percussão fodástica, Jauperi nos entrega muito romantismo, uma voz doce e composições muito boas.


Às vezes você pensa estar ouvindo o Luiz Caldas ou a Banda Eva ou o Olodum ou até mesmo o Raça Negra. Nada disso. É unicamente o som do Jauperi ou Jau como ele adotou ultimamente.


São 30 anos de carreira e não é qualquer profissional que aguenta tanto tempo na batalha. Ele começou no Olodum, depois fundou o Afrodisíaco que acabou sendo rebatizado como Vixe Mainha e de lá pra cá vem em carreira “solo” mesmo.


A voz de Jau tem cor. É preta e vem do Olodum, da Bahia, da África, do Mundo. A voz de Jau tem sabor, é doce como a cana-de-açúcar, flambada na cachaça pura dos engenhos do nordeste. A voz de Jau tem luz, uma luz profana e sagrada, abençoada por Deus e respeitada por todos que fazem da música, sua profissão. Uma voz que chega, para no ar, invade as ruas, ecoa nas ladeiras e conquista Roma. A voz de Jau tem poder.”


Essa crônica é bem melhor do que a minha e você pode conferi-la integralmente em:



















Jauperi segue forte e você pode saber de tudo pelo seu Facebook:




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Sobe o SOM!


\ JAU / Do Jeito que Seu Nego Gosta e Mas que Nada
Bem-vindos à percussão do Jauperi… Era disso que eu estava falando. Aqui ele ainda entra com “Mas que Nada” só que com um toque de Jauperi, né?







\ JAU / Flores da Favela
É voz doce. É romântico. É percussão. É Jauperi:







\ JAU / Cidade dos Poetas
Olha que música linda. Mais romantismo, a voz e uma percussão muito inusitada de bandinha de música, que ele até cita na letra da música. No final, entra o sax pra duelar com a voz dele. É ESPETACULAR! Só a Banda Eva conseguiu ser tão romântica assim…







\ JAU / Sandália de Couro
Essa é do Luiz Caldas. :P Brincadeira hehe Essa é do Jauperi, mas um desavisado ouvindo pela primeira vez vai achar que é do criador da axé music.







\ JAU / Agô
E se precisar de um pagodão a la Raça Negra/SPC ele também sabe fazer. Nessa música ele brinca bastante com a questão da raça, da cor, do idioma e das origens africanas e indígenas.







\ JAU / Se Joga
Foi esse negocinho aqui que eu ouvi quando dei o play na sugestão do Youtube. E como não gostar disso? Tome mais pagodão Raça Negra/SPC…







\ JAU / Acarajé Tem Dendê
Jauperi experimentando um som, o seu som. Experimente você também:







\ JAU / Vida de Viajante
Gonzagão e Gonzaguinha na releitura percussiva do Jauperi, o que eu posso falar? Nada. Deus, obrigado pela música popular do Brasil!









\ JAU / Telegrama
Pelo-amor-de-deus que som é esse? Que percussão é essa? Diz aí: quantos instrumentos e sons você consegue ouvir?
Se eu gostei de cara do som do Jauperi, essa música aqui me deu xeque-mate. Foi ela quem garantiu ao Jauperi um espaço no meu pen drive e um post aqui no blog.
Gosto muito da música do Zeca Baleiro. Gosto muito da música do Jauperi. Mas essa releitura percussiva que o Jauperi fez para a música do Zeca é extraordinariamente absurda. É o tipo de música que eu consigo ouvir por 30 minutos consecutivos.
Do Maranhão até a Bahia, viva a música popular do Brasil!







Axé, meu rei!


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quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Bora Ouvir a Diamba?





Se você está lendo esse post, significa que eu já publiquei 251 posts! #UAU


Os blogs têm me dado bastante trabalho. Estou gastando em média 8 horas com cada post inédito. Ultimamente, a audiência caiu bastante e a motivação foi junto. Mas sigo aqui escrevendo. Pra mim, pra alguém que goste ou até mesmo pra deixar como um documento histórico.


Ainda tenho ideias, ainda tenho a meta de escrever 90 posts inéditos em 2017 e escrever me realiza demais. Quando eu publico um post que ficou tão completo quanto eu imaginei, é uma sensação muito boa.


E conhecer sons como o desse post… fala sério: não tem preço! O blog está pago.


Eu já fiz vários posts sobre artistas cearenses… já estive muito em Pernambuco também… Mas agora eu estou desembarcando com força novamente na Bahia, no reggae roots baiano, como já fizemos anteriormente:




Eu conheci a Banda Diamba através do projeto Natiruts Reggae Brasil, um tributo que a banda promoveu ao reggae nacional. Eles apresentaram a música Caribean Nights.


E eu passei. :/


Não gostei mesmo dessa música.


Mas a vida foi generosa e eu tive uma segunda vez com a Diamba. Dessa vez foi o Youtube quem jogou na minha cara o especial que eles gravaram no Estúdio Showlivre. Aí o som bateu forte na minha alma.


É uma melodia deliciosa com destaque para o baixo que vai bem alto do Renato Nunes. O cara simplesmente tem música no sangue. Olhe pra ele e comece a dançar.


Completam a banda “raiz”: Duda Sepúlveda (vocal) e Tilson Santana (teclados). Além, óbvio, dos músicos convidados: Iuri Carvalho (bateria), Paulo Fael (teclado) e André Lomi e Reman Buchegge (guitarras).


Não posso deixar de mencionar algumas letras que também são muito boas, tornando as músicas da banda mais artisticamente “completas”.


Esses caras estão na estrada musical há 20 anos e, portanto, já experimentaram e apanharam bastante “da vida”. É um som maduro. E também nos oferecem músicas novas com o novíssimo disco Setas Indicam a Direção, de 2016, do qual ouviremos algumas faixas logo mais.















Ah!, e pra quem tá curioso e perguntando e pesquisando e encucado, segundo o Google e os principais dicionários listados, diamba significa maconha em um dialeto angolano.


Eu não tenho nada contra. Nem a favor. :P


E depois de escrever tanta bobagem, vamos lá balançar no reggae roots baiano pra ver se o post se salva…


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Sobe o SOM!


Eu piro quando você passa
Sinta a melodia do Diamba chegando, o baixo bem alto e, nessa, o Duda já vai rasgar a voz… Ah!, e ainda tem um Tim Maia (Você) de graça bem no meio da música. Demais!


La la ia la ia la
Eu piro quando você passa 3x







Penso no amor que vem
Aqui o Duda já chega tirando onda, recitando Codinome Beija-Flor, até chegar na sua própria poesia. E eu vou ser obrigado a repetir o comentário da música anterior: sinta a melodia do Diamba chegando, o baixo bem alto e, de novo, o Duda vai rasgar a voz…


Penso no amor que vem
Pra ver se esqueço o amor que passou


No entanto, não é tão fácil assim
Aceitar que eu perdi você e aceitar que você tão
tranquila aceitou o fim







Divino cobertor
Agora é introspecção pesada… Que sonzeira, meu Deus! A letra é uma poesia linda e traz uma mensagem bem forte. Já a melodia, não tem como descrever. Só mesmo você apertando o play. E o universo conspirou pra que o Duda “esquecesse” a letra da música recém-lançada, e nós fomos brindados com a mais pura melodia. Obrigado!


E tire o dia inteiro para passear
E faça uma turnê por dentro de você


Você faz tudo mas não adianta nada
Você pode estar de vibração errada
E o botão seletor que te coloca no trilho
Tá na sua cabeça em ligação direta


Com seu coração, com seu coração







A vida é bela pra quem sabe amar
E agora eles se apresentam com uma faceta bem mais romântica…


Lua, sol, mar e um sorriso, afinal
Quando podemos rir de algo juntos é bom
Se amar alguém é um cargo fatal
Eu quero ser somente a morada do amor
Saudades, eu sei, vai pintar
Viver e poder te esperar
É como um sonho bom
Poder realizar
[...]
A vida é bela pra quem sabe amar
Viver que a vida é bela
Pra quem sabe amar
(Eu sei)







Miscigenação
O Duda vem citando João Ubaldo Ribeiro pra louvar o povo mestiço brasileiro. Eu amo ser brasileiro! Essa vem pegando forte com uma crítica social pesada…


Cadê o sangue bom?
A começar com os índios e suas flechadas


Meu Deus, quem foi que criou?
Quem foi que criou verdade abominável
Que o índio é preguiçoso e o negro miserável







Convite ao bem
Eu não posso terminar um post sem cornetar nenhuma vez, então eu vou dizer que eu acho esse tecladinho bem enjoado. Mas a mensagem é positivíssima na letra bem reduzida:


Existe alguém a esperar
Compreensão, paciência e fé
Na paz, em si, na união
Vestígios de evolução


Passa o tempo convidando
Atitude construtiva de ti, pra si, pro mundo...






Vibrações positivas a todas e a todos!


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