XVI…
Eita, que XVI, hein? Sei não viu! XVI só pode tá de brincation, né
não? Que XVI é esse? Se XVI não existisse, alguém precisaria
inventá-lo. XVI é coisa de maluco!
Trump
virou “o cara”. Os ingleses não querem mais ser da Europa. Os
colombianos não querem saber de acordo com as FARC. Por aqui, as
excelências votaram o impeachment pelas suas famílias. E
a Odebrecht jogou no ventilador e ligou no 3! Rapaz…
Tá
tudo um caos. Uma zona! O que há de ser de nós?
Sem
nenhuma segurança jurídica, os negócios não andam. A economia
desce morro abaixo em avalanche. O desemprego é um dos fatores com
maior potencial para arruinar a vida das pessoas e estragar um ano.
Eu
conheço gente que acha que XVI já acabou várias vezes. Pra outras
pessoas, XVI não vai acabar nunca. E
tem gente que acha que vai rolar em 31/12, mesmo:
XVI
é coisa de maluco
Esse
post é sobre comportamento humano. Sobre a maluquez. Sobre coisas
“de maluco” que nós fazemos. E sobre as regras da sociedade:
sobre o que é socialmente aceito ou não, o que é politicamente
correto ou não e
o que é maluquez, mas só para quem não é louco.
O
que
acharemos dessa imagem daqui a 10 anos? O que acharemos no futuro de
vários comportamentos que hoje parecem absolutamente normais?
O
que nós achamos hoje, nesse crazy XVI, de vários dos comportamentos
descritos na música tema
do
post (que
é de 1997)?
Finca
o quê, macho?
Fincabaute!
Agora,
fale em voz alta, cinco vezes seguidas e sem gaguejar nem
errar:
Fincabaute!
Fincabaute!
Fincabaute!
Fincabaute!
Fincabaute!
Sabe
aquela banda de megasucesso de uma música só?
Think
about. Pense sobre.
E
vai filosofia até umas horas.
As
rimas são bem simples tanto quanto a melodia, mas a música é boa.
E chiclete! (Que
“é uma borracha que não derrete: coisa de maluco”).
Um
enredo bem construindo nos provocando sobre vários dos nossos
comportamentos.
A
banda
dera uma parada (?), mas agora estão tocando (?) juntos novamente.
É
o duelo poético
Inspirados
no sucesso do duelo poético
anterior…
...vamos
fazer um novo duelo poético aqui no blog.
A
Coisa
de Maluco
do Fincabaute
vem desafiar A
Poesia do Maluco Zé Biromba,
direto do
nosso livro Miragens.
É cordel na veia! E,
no
final, a gente sobe o som.
Coisa
de Maluco (Fincabaute)
É
coisa de maluco
Alguém
falou
O
segredo do outro
Que
o outro me contou
É
coisa de maluco
Dizer
que ama
Só
pra levar
Mais
uma pra cama
É
coisa de maluco
Ninguém
obedece
Sinal
de trânsito
Faixa
de pedestre
É
coisa de maluco
Parar
o carro
E
ter que pagar
Pra
não ser roubado
É
coisa de maluco
É
coisa de maluco
É
coisa de maluco
É
coisa de maluco
Mas
acontece
Depois
que o cara morre
É
que a gente reconhece
É
coisa de maluco
Dar
beijo na boca
Ficar
passando
Uma
língua na outra
É
coisa de maluco
A
Núbia de Oliveira
A
Vera Fisher
E
a Isadora Ribeiro
É
coisa de maluco
Mas
ninguém quer
Ficar
comendo sempre
A
mesma mulher
(coro)
É
coisa de maluco
É
o maior nojo
Encontrar
um cabelinho
No
prato de miojo
É
coisa de maluco
Mas
a polícia
Vai
ter que pegar
A
própria polícia
É
coisa de maluco
Comer
chiclete
Uma
borracha
Que
não derrete
É
coisa de maluco
Mas
enriquece
O
bispo disse:
"Ou
dá ou desce"
(coro)
É
coisa de maluco
Mas
tem gente que gosta
De
vela derretida
E
chicotada nas costas
É
coisa de maluco
Aguentar
o mosquito
A
noite toda
Zunindo
no ouvido
É
coisa de maluco
Trabalhar
o mês inteiro
Depois
não ver
A
cor do dinheiro
É
coisa de maluco
Mas
eu queria
Ver
todo mundo
Transbordando
de alegria
(coro)
A
Poesia do Maluco Zé Biromba
(Paulo
de Tarso, no livro
Miragens)
A
história que vou contar
Não
é a história da bomba
Não
fala de natureza
Nem
de aves, de pomba
A
história que vou contar
É
do maluco Zé Biromba.
Quando
Zé Biromba nasceu
O
médico ficou assustado
Talvez
faltasse uma parte
O
menino saíra apressado
Pois
perfeito ele não era
Algo
parecia errado.
Teve
uma infância agitada
Inquieto
como criança
Participou
na Igreja
Do
coral e do grupo de dança
E
foi só na adolescência
Que
todos perceberam a mudança.
Zé
Biromba era diferente
Era
um sujeito esquisito
Andava
de lá pra cá
De
vez em quando um grito
E
em critério de beleza
Era
o contrário de bonito.
Zé
Biromba era cantor
Cantava
o dia inteiro
Cantava
no meio da rua
Cantava
no banheiro
Ele
espantava a todos
Com
seu jeito passarinheiro.
Zé
Biromba cantava tudo
Seu
repertório era uma estranheza
Cantava
rock, cantava forró
MPB
e samba-de-mesa
Mas
a sua música favorita
Era
a do maluco beleza.
Mais
engraçado ainda
Era
o Zé atordoado
Andava
em círculos na praça
Com
o passo bem apressado
Andava
mais de mil metros
Em
vez de ficar parado.
E
infeliz era a moça
Que
ganhasse seu coração
Pois
Zé Biromba apaixonado
Era
um perigo sem descrição
Ele
ficava alucinado
E
começava a perseguição.
A
moça ficava em casa
Nem
pensava em sair
Pois
o apaixonado Zé
Iria
lhe perseguir
A
única alternativa
Que
restava era fugir.
E
seus concidadãos
Se
orgulham dessa figura
Todos
o consideram
Parte
de sua cultura
Zé
Biromba é famoso
Só
por sua loucura.
Compartilhe
o blog. Compartilhe músicas boas com a gente.
Sobe
o SOM!
POST
SCRIPTUM
Dia
primeiro, vai ser só uma mudançazinha de um número. XVI vai ganhar
mais um I e o sábado vai virar domingo, como tantas vezes já
aconteceu. Mas tem a numerologia, o ano civil, o ano fiscal, o show
da virada, os fogos, a possibilidade macabra de eleições indiretas
para presidente… Alguma coisa vai mudar mesmo.
E
mesmo que não mude, ainda há a nossa eterna obrigação de nos
mantermos otimistas.
Feliz
2017!
Dá para ficar sabendo das novidades do blog pelas redes sociais. Sigam-me os bons!
Conheça a minha obra completa em:
Muito bom amigo !!
ResponderExcluir