quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Bora Ouvir Zélia Duncan - Alma?









Quem tem medo de alma?


Eu conheci Zélia Duncan através de uma participação dela no CD Acústico do Capital Inicial, quando o Dinho convidava ao palco uma Zélia “DANCAN”.


E agora ela está aqui no blog, desfilando a sua poesia.


Desfilando a letra perfeita com uma sonoridade latente nas sílabas e palavras escolhidas. Essa música prescinde de instrumentos musicais. Cante a letra e escute a percussão da sua voz. É genial!


E aqui eu recorro à introdução do meu livro Miragens:


As maiores motivações para escrever estas poesias foram, não necessariamente nesta ordem: tédio, solidão, sofrimento, homenagens e o desafio de português e de matemática em encontrar as palavras certas e encaixá-las nos lugares exatos.”


É o desafio dos poetas!


Muitos artistas têm dificuldades para encerrar suas músicas. Aqui, Zélia Duncan fez uma paradinha na música, que “recomeça” em seguida e ela fecha sussurrando “alma”. Eu gostei.


Nesse post, temos um duelo diferente: um duelo poético. Miragens vem desafiar a Alma de Zélia Duncan. Depois, a gente sobe o som com ela.




MIRAGENS


Agora eu via o mundo
E o mundo imundo me chamava pra passear
Lá fora havia um bicho
E o bicho (no lixo) queria me pegar
Aurora fazia promessas
Promessas confessas tentando me enganar
Outrora dizia versos
Versos dispersos pra me acalmar
Embora a folia regresse
Então regresse sem prece pra não demorar
Na hora que o dia já nasce
E nasce na face pra eu despertar
Namora vadia aproveita
Aproveita e se deita que eu não vou chorar
Afora a poesia é linda
É linda ainda como sempre será
Senhora relia os meus versos
Versos diversos pro tempo passar
Agora havia outro mundo
Um mundo profundo que eu tentava decifrar
E lá fora eu via um zoológico
Zoológico mágico pra eu poetar

ALMA


Alma! Alma! Alma!

Alma
Deixa eu ver sua alma
A epiderme da alma
Superfície!
Alma
Deixa eu tocar sua alma
Com a superfície da palma
Da minha mão
Superfície!

Easy! Fique bem easy
Fique sem, nem razão
Da superfície!
Livre! Fique sim, livre
Fique bem, com razão ou não
Aterrize!

Alma!
Isso do medo se acalma
Isso de sede se aplaca
Todo pesar não existe
Alma!
Como um reflexo na água
Sobre a última camada
Que fica na
Superfície

Crise!
Já acabou, livre
Já passou o meu temor
Do seu medo sem motivo
Riso de manhã, riso
De neném a água já molhou
A superfície!

Alma!
Daqui do lado de fora
Nenhuma forma de trauma
Sobrevive
Abra a sua válvula agora
A sua cápsula alma
Flutua na
Superfície

Lisa, que me alisa
Seu suor, o sal que sai do sol
Da superfície
Simples, devagar, simples
Bem de leve
A alma já pousou
Na superfície

Alma!
Daqui do lado de fora
Nenhuma forma de trauma
Sobrevive
Abra a sua válvula agora
A sua cápsula alma
Flutua na
Superfície!

Lisa, que me alisa
Seu suor, o sal que sai do sol
Da superfície
Simples, devagar, simples
Bem de leve
A alma já pousou
Na superfície

Alma!
Deixa eu ver sua alma
A epiderme da alma
Superfície
Alma!
Deixa eu tocar sua alma
Com a superfície da palma
Da minha mão
Superfície!

Alma!
Deixa eu ver!
Deixa eu tocar!
Alma! Alma!
Deixa eu ver!
Deixa eu tocar!
Alma! Alma!
Superfície
Alma! Alma!
Alma!


Compartilhe o blog. Compartilhe músicas boas com a gente.


Sobe o SOM!






Nesse espaço, o que eu faço é deixar um abraço!


Ei, psiu, se liga…
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