Quem
tem medo de alma?
Eu
conheci Zélia Duncan através de uma participação dela no CD
Acústico do Capital Inicial, quando o Dinho convidava ao palco uma
Zélia “DANCAN”.
E
agora ela está aqui no blog, desfilando a sua poesia.
Desfilando
a letra perfeita com uma sonoridade latente nas sílabas e palavras
escolhidas. Essa música prescinde de instrumentos musicais. Cante
a letra e escute a percussão da sua voz. É genial!
E
aqui eu recorro à introdução do meu livro Miragens:
“As
maiores motivações para escrever estas poesias foram, não
necessariamente nesta ordem: tédio, solidão, sofrimento, homenagens
e o desafio de português e de matemática em
encontrar as palavras certas e encaixá-las nos lugares exatos.”
É
o desafio dos poetas!
Muitos
artistas têm dificuldades para encerrar suas músicas. Aqui, Zélia
Duncan fez uma paradinha na música, que “recomeça” em seguida e
ela fecha sussurrando “alma”. Eu gostei.
Nesse
post, temos um duelo diferente: um duelo poético. Miragens
vem desafiar a Alma de Zélia Duncan. Depois, a gente sobe o
som com ela.
MIRAGENS
Agora
eu via o mundo
E
o mundo imundo me chamava pra passear
Lá
fora havia um bicho
E
o bicho (no lixo) queria me pegar
Aurora
fazia promessas
Promessas
confessas tentando me enganar
Outrora
dizia versos
Versos
dispersos pra me acalmar
Embora
a folia regresse
Então
regresse sem prece pra não demorar
Na
hora que o dia já nasce
E
nasce na face pra eu despertar
Namora
vadia aproveita
Aproveita
e se deita que eu não vou chorar
Afora
a poesia é linda
É
linda ainda como sempre será
Senhora
relia os meus versos
Versos
diversos pro tempo passar
Agora
havia outro mundo
Um
mundo profundo que eu tentava decifrar
E
lá fora eu via um zoológico
Zoológico
mágico pra eu poetar
ALMA
Alma!
Alma! Alma!
Alma
Deixa
eu ver sua alma
A
epiderme da alma
Superfície!
Alma
Deixa
eu tocar sua alma
Com
a superfície da palma
Da
minha mão
Superfície!
Easy! Fique bem easy
Fique
sem, nem razão
Da
superfície!
Livre!
Fique sim, livre
Fique
bem, com razão ou não
Aterrize!
Alma!
Isso
do medo se acalma
Isso
de sede se aplaca
Todo
pesar não existe
Alma!
Como
um reflexo na água
Sobre
a última camada
Que
fica na
Superfície
Crise!
Já
acabou, livre
Já
passou o meu temor
Do
seu medo sem motivo
Riso
de manhã, riso
De
neném a água já molhou
A
superfície!
Alma!
Daqui
do lado de fora
Nenhuma
forma de trauma
Sobrevive
Abra
a sua válvula agora
A
sua cápsula alma
Flutua
na
Superfície
Lisa, que me alisa
Seu
suor, o sal que sai do sol
Da
superfície
Simples,
devagar, simples
Bem
de leve
A
alma já pousou
Na
superfície
Alma!
Daqui
do lado de fora
Nenhuma
forma de trauma
Sobrevive
Abra
a sua válvula agora
A
sua cápsula alma
Flutua
na
Superfície!
Lisa, que me alisa
Seu
suor, o sal que sai do sol
Da
superfície
Simples,
devagar, simples
Bem
de leve
A
alma já pousou
Na
superfície
Alma!
Deixa
eu ver sua alma
A
epiderme da alma
Superfície
Alma!
Deixa
eu tocar sua alma
Com
a superfície da palma
Da
minha mão
Superfície!
Alma!
Deixa
eu ver!
Deixa
eu tocar!
Alma!
Alma!
Deixa
eu ver!
Deixa
eu tocar!
Alma!
Alma!
Superfície
Alma!
Alma!
Alma!
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o blog. Compartilhe músicas boas com a gente.
Sobe
o SOM!
Nesse
espaço, o que eu faço é deixar um abraço!
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