Há
uns 20 anos, o Carnaval de Várzea Alegre ganhou força. Passou a ser
uma megafesta na praça (no novo Calçadão). Muito animada.
Alguns varzealegrenses, músicos de raiz, juntavam-se formando a banda Cheiro de Flor e faziam um showzaço com os maiores hits da axé music. Blocos, abadás, água na galera, coreografias, maisena de monte... Era bom demais.
Alguns varzealegrenses, músicos de raiz, juntavam-se formando a banda Cheiro de Flor e faziam um showzaço com os maiores hits da axé music. Blocos, abadás, água na galera, coreografias, maisena de monte... Era bom demais.
E
aqui um parêntese no post… O Carnaval de Várzea Alegre também
tem forte tradição com a matinê do CREVA (clube) onde acontece o
baile mais tradicional, seguro e com a possibilidade de participação
de muitas crianças fantasiadas.
Mais forte ainda é a tradição das escolas de samba. Temos a Mocidade Independente do Sanharol e, a mais famosa e tradicional, a escola de samba de agricultores, a ESURD (Escola de Samba Unidos do Roçado de Dentro).
Mais forte ainda é a tradição das escolas de samba. Temos a Mocidade Independente do Sanharol e, a mais famosa e tradicional, a escola de samba de agricultores, a ESURD (Escola de Samba Unidos do Roçado de Dentro).
Assim
como a Cheiro de Flor, várias bandas se reinventavam no Carnaval
pelo interior do Nordeste. Normalmente, eram as próprias bandas de
forró, com o mesmo nome ou com um pseudônimo. Mas uma coisa era
fato: todas ensaiavam bem, se preparavam bem para o Carnaval, e
detonavam no repertório clássico da axé music.
Aos
poucos, a coisa foi mudando. Primeiro, os compositores baianos
pegaram a doença dos compositores brasileiros e a criatividade foi
se acabando. Era cada vez mais raro aparecerem novas músicas boas.
O
Aviões do Forró viu uma grande oportunidade de ganhar dinheiro com
o Carnaval e suas micaretas. E daí veio a sacada: vamos tocar
nossas músicas em ritmo de Carnaval. Isso mesmo. As mesmas músicas, as mesmas melodias, mudando só a percussão.
E
viralizou. As bandas em geral viram que era muito mais barato mudar só a
percussão do que ensaiar todo um novo repertório. E
o carnaval do interior virou forró em ritmo de axé. Pode
isso, Arnaldo?
Mas
o pior ainda estava por vir. E as bandas de forró, com muita
dissimulação, resolveram enterrar a axé music. E hoje, nosso Carnaval virou novos shows de forró na época do feriado.
O
post começou falando de clássicos e de tradição. E o carnaval
mais tradicional é o das marchinhas. Algumas delas já centenárias.
Acho curioso que várias delas são eróticas ou preconceituosas. Mas
a coisa é feita com tanta malícia e vem de uma época tão pura que
é impensável censurá-las.
A
seguir um vídeo com 1 hora inteira de marchinhas. O setlist
preferido da minha vizinha Carol.
O
vídeo é muito bom porque é 1 hora de marchinhas sem parar. Algumas
mais aceleradas, outras mais lentas. Algumas legendas.
Doutor,
eu não me engano
Meu
coração é corinthiano
Pra
você que não quer o carnaval com forró ou com axé, é só dar o
play!
PS:
Impossível não lembrar do SBT e de Sílvio Santos com as
marchinhas.
Compartilhe
o blog. Compartilhe músicas boas com a gente.
Sobe
o SOM!
Bom demais, marchinhas de Carnaval, amigos e fantasias... E tome festa!!!
ResponderExcluirTempo bom demais
ResponderExcluir