quinta-feira, 8 de junho de 2017

Bora Ouvir Marcos Pagu?








Eu mantenho os blogs com dois objetivos:
1. Divulgar o meu trabalho como escritor
2. Conhecer músicas, pessoas e lugares


Tenho ferramentas para medir a audiência, mas já constatei tecnicamente que elas são bastante falhas. Na prática, eu não tenho a noção exata do alcance e da repercussão das minhas publicações.


Só sei que um dia fui procurado por uma pessoa estranha na garagem do Jaburu tarde da noite. Ele queria se apresentar e tocar no Bora Ouvir Uma. Eu tomei um susto: caraca!?


Era o Marcos Pagu.


Google nele e vi que o cara realmente era um forte candidato a subir o som no blog.


Afinal, o critério de seleção do repertório do blog é eu gostar do som e achar que consigo escrever alguma coisa sobre.


Pra fazer mais de 200 posts, eu tento sempre inovar, seja nos conteúdos, seja nos temas, seja no formato. É pra não me cansar e pra não cansar a audiência.


Há pouco, fiz uma “entrevista” com o Kuque Malino e eu achei que esse seria o melhor formato para trazer o Marcos Pagu para o blog.



BORA OUVIR UMA
ENTREVISTA
MARCOS PAGU


BORA OUVIR UMA: De onde você é? Onde você desenvolveu sua carreira? E onde podemos te encontrar hoje?
MARCOS PAGU: Sou de Marco, no Ceará. Comecei aqui mesmo, tocando na escola, onde também montei minha primeira banda: Deixar Surgir, com o Júnior Truta e o Oliveira. Daqui, passei a tocar em bares da região, chegando a Jericoacoara, Fortaleza e à grande ABCD paulista.
Estou no Ceará, principalmente na região Norte. Em julho/17, estarei em Diadema (SP).
Além, claro, de estar na internet: Spotify, YouTube e afins.




BOU: Quais são as suas influências musicais?
MP: Gosto de muita coisa… Na minha vitrola, vai de Beatles a Luiz Gonzaga. Tem The Strokes, passando por Ana Carolina, a Glauco King. Literalmente, de tudo.


BOU: Como você se inspira para compor e criar?
MP: O cotidiano, a desigualdade, a falta de amor humano… Não só amor de casal, ou qualquer coisa do tipo, mas amor humanitário.


BOU: Como é viver de música (e de arte) no Brasil?
MP: Putz! Somos direcionados, ou melhor, somos obrigados a engolir a seco um estilo massificante e cansativo de igualdade. O funk e o sertanejo predominam em tudo. Não que seja eu contra a música ou estilo, mas sou contra a oportunidade midiática. Por exemplo, procure numa rádio popular ou em um programa do horário nobre quais são as músicas que rolam…
Enfim, é como se fosse uma fábrica e a música fosse a mão de obra. Cada dupla ou cantor tem que gravar seus 3 DVDs por ano, para alegria de seus empresários e para a realização do seu sonho: cantar no Faustão.
Um cara que toca um rock’n’roll com letras bacanas nunca vai sair do canto, a não ser sendo filho de um diretor da globo (risos).


BOU: O que você acha do novo cenário da indústria musical, com mais presença das tecnologias, redes sociais etc?
MP: Não sou contra o uso das mídias e de instrumentos de tecnologia não. Adoro, inclusive. Tem muitos artistas novos usando esses negócios que acho massa… E a mídia social acaba sendo o único meio para esses artistas sem voz conseguirem um breve espaço. O problema não é a mídia e, sim, o público e a massificação.


BOU: E o futuro? Pra onde você deseja levar a sua carreira?
MP: Quero sair do país. Sonho em ir para a Islândia. Acho aquele lugar sensacional… Quem sabe, né?


BOU: Agora, para os fãs do Bora Ouvir Uma, se você só pudesse ouvir uma música, qual seria?
MP: Abra Essa Janela, do Versus Mare.


BOU: Agradeço demais pela atenção e pelo carinho.
MP: Eu quem agradeço. Muito obrigado por esse trabalho bacana… Valeu!
Paz.








Bora Ouvir Marcos Pagu?

É o som do barzinho. É a voz e o violão e não cabe mais nada. Aliás, cabe só uma gaita. É MPB. E é por isso que eu tenho certeza de que o meu pai vai curtir esse post.


É um cantar arrastado, sofrido, chorando… É quase uma penitência. É lamúria. E lamentação. É um timbre único. É bom demais! É o selo Bora Ouvir Uma de música boa pra subir o som!


Eu vou apresentar Marcos Pagu com o seu EP Lhano.


Segundo o dicionário: Simples, amável, sincero.”


O setlist ficou assim:


00:00 - Madalena
03:25 - Profecias
06:01 - Revolta de Cilene (Conversa no café da manhã)
09:02 - Nau
11:41 - Sem odiar ninguém


A minha favorita fica ali no meio entre Profecias e Sem odiar ninguém. Mas também poderia ser a Revolta de Cilene.


O incompetente tem 5 músicas pra escolher 1 e escolhe 3. Pode isso, Arnaldo?


Então, escute você mesmo, e me diga, nos comentários, qual é a sua.







Compartilhe o blog. Compartilhe músicas boas com a gente.


Sobe o SOM!






POST SCRIPTUM

Apresentar outro artista é uma responsabilidade imensa.


Se é um carinha famoso, eu tenho que ser bem preciso nas críticas, nos elogios e na seleção do setlist. Caso contrário, o fã clube pode cair matando no blog. Descer o cacete!


Se é um artista desconhecido, a responsabilidade é dez vezes maior. Qualquer elogio ou crítica mal colocada, pode, injustamente, prejudicar a carreira do artista.


Fazer uma entrevista também não é muito fácil. Você tem que saber produzir as perguntas certas para obter as informações necessárias. No caso aqui do blog: sem ser agressivo, sem ser ofensivo, sem jogar o entrevistado nas cordas e sem ser bobinho.




POST SCRIPTUM 2

Uma das coisas que eu mais odeio no rádio é quando o locutor fala de um artista ou de uma música e, em seguida, toca uma música que não tem nada a ver.


Então, por questão de princípios, essa é a música indicada pelo Marcos Pagu:






POST SCRIPTUM 3

O blog está se pagando. Quanto vale um post como esse que você acabou de curtir?


Poder ter um amigo do nível do Marcos Pagu não tem preço. Além de toda a gratidão que ele demonstrou a mim e ao meu trabalho.


Numa época em que o mundo está tão doente, estar perto de pessoas tão encantadoras não tem preço.


A todos que leram um post e 3 PS, um grandíssimo abraço de muita gratidão do Bora Ouvir Uma. Fiquem sempre com Deus!


Ei, psiu, se liga…
Dá para ficar sabendo das novidades do blog pelas redes sociais. Sigam-me os bons!
      

Conheça a minha obra completa em:

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