quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Bora Ouvir Tareco e Mariola?







Quem é você pra derramar meu mungunzá?


Que o Google não me derrube, mas as fotos iniciais são de tareco e mariola. Eu conheci o tablete de doce enrolado no plástico, mas não sabia que era a tal mariola. Tareco realmente não foi da minha época. ;)








Belíssima canção imortalizada por Flávio José. Eu considero quase um hino do Nordeste.


Mas este hino é do Petrúcio Amorim. E ele conta a dramática história desta música no vídeo abaixo. E é óbvio que eu não vou me atrever a contar a história melhor do que o dono da música, né?


Esse vídeo é perfeito, pois nos traz a música em 3 versões:
  • história
  • voz e violão
  • forró pé-de-serra/xote


A emoção do Petrúcio quando o xote começa é tocante. Braços abertos, olhos marejados e vamos cantar com o povo. Deve ter passado realmente a história na cabeça dele.


Vale a pena assistir ao DVD inteiro: Petrúcio Amorim na Boleia do Destino. Gravado em um teatro do Recife e literalmente contando a história musical desse poeta.


O meu amigo Henrique Modesto tinha encontrado um blog com um post muito bem elaborado sobre os termos da música. Acabei de ver que tiraram o blog do ar, então eu vou tentar ajudar aqui.


Vamos lá minha galera do Nordeste?


  • Tareco – biscoito doce, redondo e achatado.
  • Mariola – doce de goiaba ou de banana, cortado em tabletes e embrulhado em plástico fino.
  • Tirar leite de pedra – realizar algo impossível.
  • Velame – planta.
  • Macambira – planta. Espécie de bromélia.
  • Eu nasci entre o velame e a macambira – eu nasci no meio do mato (no sertão), lugar de difícil sobrevivência.
  • Mungunzá – iguaria à base de milho. A versão doce parece uma canjica (e eu não curto). A versão lá de Várzea Alegre é salgada (e nós curtimos muito). Imagine uma feijoada com feijão e milho ao mesmo tempo. Essa, sim, dá para derramar porque tem bastante caldo.
  • Quem é você pra derramar meu mungunzá – que moral você tem para estragar o meu prazer em comer esse mungunzá? Que moral você tem para me tirar algo tão duramente conquistado?







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Sobe o SOM!







Ei, psiu, se liga…
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6 comentários:

  1. Que história linda... Essa sim é a arte raiz.

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  2. Só uma correcão este mungunzá que você coloucou é o salgado e não é tradicional no nordeste pois o que comemos com frequência é o doce

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    Respostas
    1. Vinicius, existe essas duas versões de munguzá....A tradição vai depender de onde vc nasceu. O salgado é típico do sertão, logo é tradicional...agora o munguzá doce é mais conhecido por todo Nordeste por conta dos festejos juninos.

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